Review

The Last Campfire, muito mais que uma aventura fofinha

Às vezes, mano, você que era cheio de amigos acaba se deparando com um quebra-cabeça e precisa resolver isso… sozinho, porque nem toda amizade aguenta os desafios, saca? Ou talvez nem precise de um desafio em si.

Tipo, você vai se afastando aos poucos das pessoas que curtia companhia, e a ideia de se reaproximar fica meio desconfortável, entende? Ou os desafios nem são tão enormes assim, mas são tantos que… caraca, será que vale a pena insistir?

Sentir-se sozinho, esquecido, incapaz, são coisas que acabam tirando nossa esperança de seguir em frente, de acreditar que o amanhã vai ser melhor. E aí a gente fica parado enquanto os outros passam, como estátuas, como uns choramingos. Pessoas que ficam se lamentando eternamente, dizendo que não conseguem tentar de novo, com medo, achando que nada dá certo.

E nessa vibe de lamentação, a gente tem dois tipos de pessoas: os que falam “beleza, tá tranquilo se você chegou só até aqui. Aqui é confortável, não precisa ir mais longe, pode ser perigoso e no fim, vai ser tudo em vão mesmo” e os “pessoas-farol”.

Em The Last Campfire, a gente é uma pessoa-farol, sacou?

Tá, beleza, ele parece mais uma meia do que uma pessoa, mas deixa quieto. O nosso propósito na vida é fazer as outras pessoas (que antes eram umas choramingos) enxergarem sentido na vida delas.

Pode ser ajudando a resolver um quebra-cabeça difícil que elas estão enfrentando, pra que possam seguir em frente. Pode ser chegando perto delas quando elas achavam que estavam isoladas pra sempre. Pode ser ajudando com suas dificuldades, porque cada um é diferente, mano.

Pode ser só ouvindo, porque tem gente que só precisa desabafar, contar uma história. Pode ser também dizendo que a pessoa é incrível no que ela curte fazer, mesmo que não seja a melhor no assunto. Tem várias formas de ajudar, mano. Como pessoas-farol, a gente é tipo uma brasa que traz uma esperança gostosinha pra dentro. Nosso papel é iluminar os caminhos das outras pessoas e abrir novos caminhos pra que elas sigam nossa luz de boa.

E assim como o tal Heráclito dizia que “ninguém pode se banhar duas vezes no mesmo rio”, porque depois do primeiro banho a pessoa já é outra, não dá pra terminar The Last Campfire do mesmo jeito que começou a jogar. Esse jogo é daqueles que são puro trabalho de arte, porque ele é uma verdadeira lição sobre a humanidade, saca?

Os quebra-cabeças são outra parada sensacional. São bem variados e mesmo que não sejam muitos, rola uma boa transição entre explorar o cenário e resolver o próximo puzzle. Cada quebra-cabeça explora de um jeito diferente as mecânicas do jogo, e não senti monotonia em momento nenhum, mesmo que a dificuldade vá aumentando de leve. Dá pra resolver qualquer quebra-cabeça em menos de um minuto na segunda vez, e olha que nem sou lá tão bom nisso.

A parte visual é simples e bem feita em 3D

Dá pra identificar os manos da mesma espécie no cenário numa boa, e as proporções, formas e animações dão um toque fofo ao jogo, que combina com a voz da narração (infelizmente só em inglês) e com os diálogos, que às vezes carregam uma tristeza que faz a gente compartilhar um pouquinho da dor e da frustração do personagem que fala.

Mesmo que de leve, entendi que esse sentimento colabora pra transmitir a mensagem e o impacto que o jogo busca com o tema escolhido. A trilha sonora também faz sua parte, embora não se destaque muito (mas, tipo, também não precisava mesmo).

Pra mim, The Last Campfire entra na lista dos jogos que são verdadeiras obras de arte, assim como Brothers – A Tale of Two Sons e Life is Strange. São jogos que além de serem muito bem feitos como entretenimento, são experiências que mudaram a forma como enxergo a vida, mano.

The Last Campfire é mais do que uma aventura fofinha, é um convite pra gente refletir sobre o sentido da vida. Afinal, a vida é uma viagem que não tem um destino certo, mas a gente segue navegando, mano, mesmo que pareça (e só pareça) que não vai dar em nada. Não é fácil seguir em frente, porque sempre encontramos vários quebra-cabeças no caminho.

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Cabe a nós decidir se vamos ser uns choramingos ou sermos faróis.

Não vai ser moleza ser farol, aliás, na maioria das vezes vai ser bem difícil, e pode ser que nossa luz não brilhe tanto como antes, mas aí a gente não desanima e conta com outros faróis lá na frente.

Nota da Review: 95 95/100 Fantástico

The last Campfire se assemelha a um livro que mexe com as emoções do leitor, um filme dramático em que o protagonista se sacrifica por todos, ou uma pessoa comum no dia-a-dia que dá sem pensar em si mesmo.

Prós

  • Puzzles bem trabalhados
  • História profunda
  • Arte muito bonita

Contras

  • Trilha sonora pouco memorável
  • Ele acaba...

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